"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”. Amyr Klink.
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Último dia ...

Subir de bondinho o bairro da Alfama e ver o por do sol do alto do Forte São Jorge ....





Uma imagem vale mais que mil explicações


Fotos tiradas no bairro de Alfama, em Lisboa, próximo ao forte de São Jorge, sítio histórico tombado.... Portugal, nossa metrópole.... virá dali os arraigados costumes observados em Salvador, primeira capital brasileira.... exercitados sobretudo nos carnavais, lavagens e festas de largo, de urinar no primeiro cantinho disponível .... Teses etnico-sociológicas..... !

Ciclovias e cicloturismo

Posto de bicicletas em Sevilha

Vacilamos em Sevilha, onde ficamos dois dias e não alugamos bicicletas, apesar das facilidades: com ótimas ciclovias e postos de locação automatizados em tudo quanto era canto. Felizmente a ficha caiu a tempo e bicicletamos em Valença, Barcelona (apesar das ladeiras, ufa!) e Cascais. Registramos que Madrid e Lisboa, apesar de tudo de bom que possuem, lamentavelmente, ainda não são cidades para bicicletas.

Evandro pedalando no Jardín del Túria - Valência

Eu pedalando L'Hemisfèric ao fundo - Valência

Arco do Triunfo de Barcelona

Evandro defronte a fachada da Sagrada Família ...


... e no Parque Güell

Eu nas ruas de Barcelona

Evandro na ciclovia de Cascais - Portugal

Buenos Aires também tem um ótimo projeto de malha de ciclovias para cobrir toda a cidade. Esta foto é de outra viagem, mas postamos aqui, pois achamos que são iniciativas que merecem divulgação e utilização.

Ciclovias de Buenos Aires

Pedalando rumo ao Cabo Roca


Apesar do frio e tempo nublado e chuvoso que estava reinando em Portugal, em Cascais demos sorte e tivemos um dia de sol e transparência sobre o Atlântico, linha do horizonte super nítida. Pegamos as bicicletas disponibilizadas pela Municipalidade e saímos pedalando rumo ao Cabo Roca (ponto mais ocidental da Europa), chegamos ao Cabo Raso e já nos demos por satisfeitos em só avistar o Cabo Roca à distância ....

Voltamos para um Bacalhau à Braz (minha preferência) e um Bacalhau à Lagarero (preferência de Evandro) no centro de Cascais. Despedida da dobradinha gastronômica que já estava virando de lei. Dia seguinte voltaríamos prá casa.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Oceanários

Nessa viagem não tivemos muitas trilhas pela Espanha e Portugal, então tivemos que apelar para as facilidades da civilização e ir ver um pouco de natureza nos oceanários de Valencia e de Lisboa. São aquários imensos, cada qual com sua característica. O de Valência surpreende pelos túneis em que passamos, no de Lisboa, o aquário central, imenso, com o vidro de 27cm de espessura. Muitas fotos não ficaram boas, pois a iluminação é controlada e não pudemos utilizar os flash.







quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Greves, mobilizações....




A crise continua pegando em Portugal e Espanha (tomamos dois sustos, um com a greve geral em Portugal pouco antes de embarcarmos de volta para Lisboa, outro, no dia de voltar ao Brasil, com a greve dos operadores de vôo da Espanha, ambos os eventos seguidos de uma enxurrada de vôos cancelados...). A pauta do mês era a necessidade do "resgate" da Irlanda pela comunidade européia e a ameaça do mesmo acontecer com Portugal e outros países da comunidade. Sentimos em Portugal um clima parecido com o que vivíamos a pouco tempo com o FMI ditando as regras da economia interna. Em Portugal estava rolando a discussão de cortes salariais, reajuste de salário mínimo em apenas 10 euros, o governo de Cavaco Silva e José Socrates, tentando convencer que os sacrifícios estão sendo impostos a todos.... (alguém já ouviu essa conversa?). Na foto acima, eu de "papagaio de pirata" em manifestação alheia, em Madrid.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Os Saraivas

Já sabíamos do famoso mau humor do português. Mas constatá-lo pessoalmente é uma experiência curiosa. A vontade é mandar para /%&/$·%$%·. Exemplo: fomos comprar uma passagem para Sevilha, com ônibus chegando às 5 horas. Pelos guias, sabíamos que seria pela manha. Mas Osmir, até para certificar, pergunta: "5 horas da manha?" O bilheteiro: "Se fosse da tarde teria dito 17 horas". Cinco minutos de pausa para Osmir decodificar a mensagem e eu segurando-o pelo antebraço e me antecipando para agradecer e evitar a construçao de um barraco à brasileira em plena Lisboa.
Depois, rindo, identificamos: todos os portugueses sao Saraivas: Tolerância zero!

E, claro, visualizando Saraivas nos restaurantes, nas ruas, nas lojas, tudo fica mais compreensível e aceitável. É cultural.

O bacalhau, a Dilma e o garçom

Fim de tarde no 1º dia, após caminhadas pela praça do comércio, pelas ruas, friozinho bom de outono e sem almoço fomos procurar um lugar para comer. Tinha que ser bacalhau e a missao era escolher um restaurante nao muito turistico. Escolhido o restaurante, pedimos dois pratos diferentes de bacalhau (à minhota e cozido, este escolhido por Osmir, que ficou de olho no meu, mais temperado) e um vinho recomendado pelo garçom. Nosso amigo Hércio nao estava aqui para se encarregar dessa tarefa! O garçom perguntou se estávamos contentes com a eleiçao de Dilma. Adivinha a resposta! Daí ele passou meia hora explanando sobre as vantagens de cada, que hoje Dilma é a melhor opçao, mas que com o tempo o Brasil precisará dos projetos de motosserra (ops)... continuou a explanaçao comparando com a situaçao de Portugal e o início do processo eleitoral por aqui... e veio ainda com a conversa da vara de pescar em vez do peixe bláblablá caixa de fósforo, abobrinha recheada... daí perguntei o que fazer quando nao tem peixe no rio. É justo?

Primeiras impressoes


Primeiríssimas impressoes, aliás constataçoes, imediatamente após pisar o solo português: o "bom" humor do português e sua disposiçao para "alongar" uma conversa e a nossa (brasileiros) consequente dificuldade de estabelecer contato. Segunda impressao: uma tendência dos bilheteiros em "esquecer" partes do troco, geralmente moeditas de 1 ou 5 euros e naturalidade com que completam o troco quando você reclama. Fora isso, uma cidade bela e tranquila.

A chegada

Chegamos em Lisboa pouco depois das 11h no horário local, umas 8h em Salvador. Pegamos logo um ônibus até o centro, melhor que muito taxi. Os pontos sao anunciados visual (telas LCD) e sonoramente em português e inglês. Isso facilita bastante as coisas para o turista. Acho que em Salvador teremos um desses em breve (eu acredito!). Descemos no Rossio e, antes de dar dois passos na praça, que aliás é bem européia (suponho), com prédios histórios, monumentos e pombos, fomos abordados por um senhor de blazer oferecendo Marijuana. Perguntei a Osmir o que era e ele me disse que era baseado. Pôxa, nada contra, mas temos cara de bicho grilo?

... no dia seguinte, acho que nossa aparência piorou, pois, além de marijuana, nos ofereceram cocaína e outros itens. pois pois.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O aviao, o arroz e o frango

Dia 01/11/2010. Partimos de Salvador às 0:40. após quase 1 hora de atraso. Quando entramos no aviao (o teclado nao possui o acento til) tomamos logo um susto: as poltronas eram tao apertadas, estreitas e curtas que na mesma hora juro que fiquei com inveja de quem ia na classe executiva... mas o negócio foi cair na real e encarar, particamente imóeis, as quase 8 horas de voo até Lisboa. Quando embarcamos eu estava com uma fome danada e as aeromoças portuguesas demoraram para servir um paozinho de sal, outro de milho, com arroz bem temperado e galinha... nao estavam gostosos, mas, naquela circustancia, foi um banquete! Ainda mais acompanhado de vinho tinto. Lá pelas 3h da manha percebi que algo estava errado. Aquela comida ainda estava no meu estomago, recusando-se a seguir seu fluxo normal. Todo mundo dormindo, inclusive um menino de 3 ou 4 anos que parecia um anjo (dormindo, claro, porque acordado ele nao falava com a mae, mas gritava) e eu ali, com uma azia danada, olhando para o saco plástico de emergencias, verifiquei logo como abrí-lo caso precisasse. Tentei me acalmar naquela situaçao e, como a poltrona permitia ao menos os movimentos de respiraçao, porque outros nao seriam possiveis, tentei ficar calmo e imaginar que ia passar, lamentando nao ter aprendido a meditar... nao é que passou e nem precisei usar o saco plástico! Logo amanheceu e uma das passageiras, no lado onde o sol nasceu, resolveu assumir o papel de Jesus Cristo e Deus e abrir a sua janela, dando a luz do dia para dentro do aviao, acordando todos aqueles que teimavam em dormir. PQP, por que deram o assento da janela para aquela mulher!?