Na segunda-feira, "lunes santo", ficamos pela cidade para ver a festa do "Señor dos Temblores", que, no começo, parecia mais uma cerimônia cívica do que religiosa, pela quantidade de militares, escolas e irmandades religiosas uniformizadas. Assistimos essa parte da sacada de um dos restaurante da Plaza de Armas, Los Balcones Grill, enquanto almoçávamos.
Depois descemos para ver a saída do cortejo. As pessoas nas ruas e sacadas atiram sobre a imagem do Señor dos Temblores flores vermelhas, o ñucchu, planta nativa e sagrada para os Incas, pois representam o sangue de Pachamama, a mãe terra. Um dos muitos aspectos do sincretismo nas manifestações religiosas em Cuzco.
A procissão ia percorrer as ruas, entrando nas várias igrejas de Cuzco, os sinos dessas igrejas repicavam nesse momento e, ao longo da tarde, ouvíamos os sinos repicando em diferentes pontos da cidade. A procissão vai aumentando. À noite, a praça estava tomada de gente. Ao longe víamos a imagem do Senhor entrando na Igreja da Merced. Uma multidão imensa acompanhava a imagem pelas ruas e foi se juntando aos que já se encontravam na praça. Situação meio equivalente à Chiclete com Banana no Campo Grande, mas sem as cotoveladas e sem o arrastão ...
Deixamos a praça com a lua cheia brilhando sobre Cusco e a multidão ainda nas ruas.
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